terça-feira, 11 de outubro de 2016

Resumo da Primeira Palestra do Pr. Rubens Muzio na Conferência Liderança em Foco, Fortaleza

    É uma alegria pra mim saber que líderes da minha querida congregação de Quintino Cunha, bem como meus irmãos supervisores e demais líderes de igreja de toda Fortaleza podem estar aqui, na nossa igreja participando de uma Conferência de Liderança, onde expoentes como o Pastor Rubens Muzio podem compartilhar conosco suas experiências e aprendizado acerca da liderança. Alguns de nós precisamos viajar até São Paulo para ouvi-lo em Eventos como o Encontro Sepal para Pastores e Líderes, hoje, temos o privilégio de tê-lo aqui conosco. Estamos de parabéns, pela iniciativa da ESLIC e da Diretoria da nossa Igreja.
    Uma conferência não é o ambiente para se sair sorrindo e descontraído. É um espaço para reflexão, é um tempo de confronto. Onde nossas aparentes certezas são sacudidas, e somos desafiados a pensar nossa prática de liderança.
   O que vimos ontem?

    Vimos que estamos sujeitos às influências que nos rodeiam. E que algumas tendências externas tem afetado nossa ação na lide pastoral. A primeira delas são os conceitos empresariais, são os padrões de resultado e eficiência que, se aplicados à igreja tornarão a mesma em uma empresa, em um negócio.
    Somos conscientes de que há uma tensão entre duas realidades que necessariamente precisam coexistir: A igreja enquanto organização humana, e a igreja enquanto organismo, Corpo vivo de Cristo.
    Não podemos permitir que o elemento organizacional sobrepuje o poder do Espírito Santo que traz vida e sentido ao Corpo do Senhor.
     A segunda tendência é a aplicação de técnicas e soluções tecnológicas, ou estratégias e ferramentas que se aplicados corretamente prometem o pleno sucesso.  Essa tendência é um indicativo de que percepções humanistas e autossuficientes estão nos dominando, que não somos mais o povo e os líderes dependentes de Deus, que nossa oração se tornou apenas um apêndice obrigatório para comprovar nossa “espiritualidade”.
    Começamos a acreditar que as coisas acontecem em razão de nossas eficientes ferramentas ministeriais. Muitos de nós utilizamos as receitas de livros que estão nas livrarias: 6 passos para um pastorado eficiente, a chave para o crescimento de sua igreja, o que fazer para duplicar o número de membros da sua igreja.
    Somos desafiados a voltar a confiar no Senhor, e no poder do Espírito Santo, vamos cuidar do nosso barco e manter a vela intacta, e depender do Vento do Espírito, que sopra onde quer, e como quer!
      Cristo é nosso modelo. Um ministério cristão verdadeiro não pode ser antropocêntrico, necessariamente precisa ser Cristocêntrico.
      Jesus é o nosso modelo em sua Encarnação. Em sua identificação com a humanidade, sua kenosis, seu autoesvaziamento bem descrita por Paulo em Fp 2. Jesus não passa ao largo da vida dos homens e da comunidade. Ele encarna missionalmente, mergulha na cultura, na vida da comunidade, sente seus dramas, sofre suas dores, abraça seus desafios.

     Não podemos ser líderes que ignoram o drama dos homens, como os religiosos, levitas que passaram ao largo do homem ferido da parábola do bom samaritano.
     Jesus é nosso modelo em sua morte. Nossa logomarca é a cruz, não a coroa. A cruz em sua tragicidade, em seu sofrimento cruel, em sua dor. O discípulo não pode ser maior que seu senhor. Todo o líder cristão precisa saber que a cruz é uma etapa de sua vida, de seu ministério. Cruz não combina com conforto, com sucesso... Nossa logomarca precisa voltar a ser a cruz, como de tantos missionários no passado, como Adoniram Judson, William Carey e tantos outros.

     Precisamos contemplar a Cristo em sua ressurreição. Sua ressurreição é sinônimo de dynamis, de poder, que veio sobre os discípulos em Pentecostes, e eles não se mantiveram escondidos, mas fizeram toda Jerusalém ser sacudida pelo poder do Espírito do Cristo Ressurreto. Comunidade do Ressurreto é a comunidade empenhada em trazer o reino para as pessoas, para que elas sejam transformadas e seja feita a vontade do Pai.


    Finalizamos com uma oração de Confissão e Petição: “Senhor que as tendências que nos rodeiam não falem mais alto que o teu Espírito. Que sejamos gente que conheça o coração de Jesus e o obedeça mais do que as técnicas de sucesso. Que sejamos teus discípulos, que nos pareçamos contigo, Jesus Cristo, Senhor nosso”.

2 comentários:

  1. O líder vocacionado por Deus se torna cada vez mais humano para refletir misericórdia!

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  2. Gostei muito do conteúdo, será de grande proveito para minha caminhada.

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