sábado, 23 de março de 2019

Nem tudo o que é belo, é bom!


   Quando o mundo foi criado Deus viu que tudo era bom, no original hebraico towb  טוֹב. Essa bondade da criação inclui também o belo, essa palavra pode significar bom e belo!


   A árvore proibida é a árvore do conhecimento do bem, do towb, contrário do mal. Towb é o que é correto, certo, moral e eticamente. Ester e Abigail são bonitas, são towb. Estética, Ética e moral caminham num mesmo sentido, no pensamento hebraico bíblico.

   No Israel Antigo algo errado não poderia ser bonito. O que é bom é bonito! Assim, o caso de amor de Davi com a bonita (towb) Bate Seba, não é algo a ser apreciado e aplaudido, por mais bonito casal que os dois pudessem formar. Isso é mal, é feio (II Sm 12.9).

   Hoje, parece-nos que tudo o que é bonito, torna-se também sinônimo de bom, de certo. Há beleza em filmes, em poesias, em discursos, mas nem sempre isso é bom! Isso ocorre porque quem determina o que está certo, o que é bom é cada pessoa de forma arbitrária.
   Somos conquistados pela beleza estética de obras de arte que nos passam mensagens erradas. Porque são bonitas, são boas... Nem sempre! É importante utilizarmos os referenciais bíblicos para discernirmos o que é bom. Na verdade, precisamos voltar aos princípios bíblicos, onde somente o que é bom, é belo. Se parece belo, mas não é bom, então é mal, como o adultério de Davi.

   Acho que foi pensando nisso que Paulo, sabendo que na sociedade grega de Filipos, nem tudo o que era belo era bom, nos disse: “Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8).