Feliz Natal,
Antigamente, na véspera de Natal eu ligava para os amigos para desejar Feliz Natal, para dizê-los que eu não os havia esquecido. Naquela época a rede mundial de computadores, hoje chamada simplesmente net, não desfrutava do prestígio nem da acessibilidade que hoje conhecemos e usufruímos.
Discava, espera atender e então falava. Ouvia-se a voz, e ao ouvir a voz a memória relembrava alguma coisa que havíamos enfrentado juntos ou compartilhado no trajeto da vida, ou mais especificamente naquele ano.
Mas em meus “antigamente” eu ainda vou me permitir lembrar da época em que nós oferecíamos cartões de Natal. Não estou falando de cartões virtuais. Estou falando de cartões em papel, cartolina, que nós comprávamos nas livrarias ou nos camelôs de Recife. No fim do ano chovia de bancas vendendo cartões de Natal. Tinha dos mais simples, normalmente era desses que eu adquiria para dar para os amigos, aos mais elaborados, aqueles que quando abertos tocavam música natalina. Cheguei a ganhar alguns desses, dos amigos mais abastados. Era preciso enfrentar as filas na loja das Edições Paulinas, na esquina da Rua da Palma, para adquirir os cartões simples porém cheios de estilo, alguns simples marcadores de páginas... No Natal trocavam-se os cartões. Alguns tinham intenções duplas que iam além do Feliz Natal. Caprichava-se na letra... era um tempo que as pessoas se conheciam também pela caligrafia.
Ainda hoje guardo os cartões de Natal que ganhei na adolescência e juventude... Olhando a letra visualizávamos o remetente, e seus laços conosco.
É... Agora nem ligações nem cartões natalinos... São tantos amigos espalhados por todo este Brasil: Recife, Petrolina, Natal, São Paulo, Rio de Janeiro... na Europa, Estados Unidos... Porém temos outras maravilhas da modernidade. Temos os torpedos, SMS... Não dá pra reconhecer a caligrafia de quem enviou, é claro! Temos os cartões virtuais... e temos as mensagens massificadas que enviamos de uma só vez para todos os contatos cadastrados. Talvez muitos nem sejam lidos, pois ficaram na caixa de spam...
É... Não dá pra voltar ao passado, mas também não quero repetir a obviedade da multidão. Quero mandar-lhes uma mensagem que vem do coração, como as ditas em poucas linhas de um velho cartão, ou numa apressada ligação telefônica.
Feliz Natal a todos os amigos, ouvintes, leitores. Aqueles com os quais compartilhei idéias quer seja numa sala de aula, ou numa palestra, ou de púlpito... ou de uma conversa no blog, orkut, facebook, MSN... aqueles com os quais vivi e convivi ou com quem compartilhei algum momento da minha história.
Na troca de presentes não esqueçam do maior de todos os presentes: Jesus, O Grande Presente de Deus para nós... Afinal Ele amou-nos de tal maneira que DEU o seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna.
Feliz Natal... Paz entre os homens, pois Deus fez-se homem e habitou entre nós!
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